... existe um sentir que é entre o sentir - nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sobre meus poemas

Poemas esparsos são meu passatempo.

Assim como as flores vermelhas, eles embelezam minha vida com calor confortante, delícias inebriantes, carícias aveludadas, perfumes suaves, e sensações híbridas.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sangue e vida

Porque preciso de algo novo.
Porque preciso escrever uma história nova é que aqui me encontro, papel e caneta, sangue em tinta. Minha vida como uma folha em branco, vou traçando rascunhos daquilo que penso ser e que sonho ter. E sem preceber, nos rascunhos vou me desenhando e experimentando a delícia e o torpor de estar vivo. Meu sangue ferve a cada novo traço e já não posso mais voltar. Nunca passarei estes versos a limpo, pois a tinta é vermelha e viscosa demais. Porque preciso de algo novo, vou rabiscando um pouco mais, traço após traço, até que não haja mais sangue ou espaços brancos na folha, o que acabar primeiro. Porque preciso escrever uma história nova, quero palavras que possam inventar outras de mim, cada uma com mais vigor que a última, cada última tendo atingido o ápice dos sentidos e suas paixões borbulhantes. Porque quero criar, faço surgir devaneios, e deles poesias de uma vida acontecendo em vermelho, intensa a todo instante na sua beleza quente, imagem do impulso incansável de ser que me invade, me inunda, me transborda.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

?

Não consigo mais controlar minha raiva. Preciso parar de brigar com as pessoas e não consigo. Acho que estou muito infeliz comigo mesma.