O outono já chegou em mim. Já nasceu em mim, aliás. Ou eu nasci nele, quem sabe.
Nasci na sua constante busca pelo entre: entre extremos, meia-estação.
Sou aquela que sempre prefere as entrelinhas, o sub-entendido, percepções que só são possíveis pra quem está aberto a interpretá-las. Mais que isso, vivê-las. Ser o que só se mostra a olhos semi-nus.
Outono. Chega sempre primeiro em mim, antes de todo mundo.
Sua entre-vida se anunciando pros que são seus.
Busco da vida aquilo que ninguém vê. Aquilo que está no meio de duas mãos que se tocam, de duas partículas sub-atômicas, de dois corações distantes, aquilo que entra pelas fendas do tempo-espaço, que perpassa alvoroçada toda a procura que inquieta o espírito.
Busco o outono, estação do interstício. Busco mais, seu significado todo místico de renovação.
A vida que se faz constante no morrer e nascer, que se imprime nas cores quentes, no vento que carrega as folhas. Da vida feita pela mão que chacoalha as árvores, que une duas vidas numa só, nascimento-morte-renascimento-morte-vida.
Outono, estação do interstício. Me engolindo no seu friorento intervalo de existência, onde tudo que está entre-sub-escondido-não revelado se mostra a quem está atento.
Abra os olhos para sentir.
Nasci na sua constante busca pelo entre: entre extremos, meia-estação.
Sou aquela que sempre prefere as entrelinhas, o sub-entendido, percepções que só são possíveis pra quem está aberto a interpretá-las. Mais que isso, vivê-las. Ser o que só se mostra a olhos semi-nus.
Outono. Chega sempre primeiro em mim, antes de todo mundo.
Sua entre-vida se anunciando pros que são seus.
Busco da vida aquilo que ninguém vê. Aquilo que está no meio de duas mãos que se tocam, de duas partículas sub-atômicas, de dois corações distantes, aquilo que entra pelas fendas do tempo-espaço, que perpassa alvoroçada toda a procura que inquieta o espírito.
Busco o outono, estação do interstício. Busco mais, seu significado todo místico de renovação.
A vida que se faz constante no morrer e nascer, que se imprime nas cores quentes, no vento que carrega as folhas. Da vida feita pela mão que chacoalha as árvores, que une duas vidas numa só, nascimento-morte-renascimento-morte-vida.
Outono, estação do interstício. Me engolindo no seu friorento intervalo de existência, onde tudo que está entre-sub-escondido-não revelado se mostra a quem está atento.
Abra os olhos para sentir.
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