A cada dia que passa
O ócio me convida
A morrer um pouco mais.
Meu riso, minha espontaneidade
Já se foram
Consumidos pelo tempo que não passa.
As vozes se desfazem na minha lembrança
E as imagens se confundem
E me escapam.
É inverno dentro.
Nem os cheiros são mais os mesmos
Nem os dias são mais trevosos.
O tempo me congelou.
Nem a raiva, nem a angústia
nem o riso, nem a euforia
Tudo se desvaneceu
Tudo evaporou
Tudo feneceu
A cada dia que passa
O ócio, com seu fel
Me envenena um pouco mais.
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